COMO ESTAMOS NOS COMUNICANDO? – Precisamos aprender e praticar a Comunicação não Violenta.

Desde os tempos mais antigos o ser humano aprendeu a se comunicar. Dos grunhidos e gestos do homem primitivo, até a escrita formal do homem moderno, muita coisa mudou; contudo, a base permanece a mesma, ou seja, comunicamo-nos sempre com ênfase na violência. O avanço da tecnologia trouxe um dinamismo que revolucionou a forma de comunicação – a internet, e as notícias em tempo real, formaram um mundo globalizado. Por outro lado, tanta capacidade na arte de comunicar não garantiu a paz, haja vista as guerras que sempre ocorreram no decorrer da história.

Nações se aparelham com armas sofisticadas para comunicar poder, e até os tempos de paz são sustentados pela ameaça implícita de violência. Através das mídias sociais gangs, milícias e tráfico se organizam e praticam a violência na guerra urbana. Numa análise mais profunda, veremos que até a educação infantil tanto em casa como na escola é impregnada de linguagem ameaçadora com ênfase na punição. Isso impede o desenvolvimento de atitudes de empatia que permitiria a livre doação. Resumindo: na maior parte do tempo, usamos a forma de comunicação violenta.

Por outro lado, existe uma abordagem criada pelo Psicólogo americano Marshall Rosemberg, chamada de Comunicação não Violenta (CNV), que ensina uma maneira de falar empaticamente. O princípio é simples: fale com clareza e sinceridade sobre você mesmo, comunicando as suas necessidades sem julgar, nem criticar. Ela se estrutura em quatro bases: separar fatos de julgamentos; reconhecer as emoções desconfortáveis; revelar necessidades que não estão sendo atendidas; e firmar um acordo que viabilize a convivência futura.

Por que, em vez de comunicar nossos sentimentos e necessidades no contato com o próximo, passamos a julgar com base no que está certo ou errado? Para que um diálogo produtivo ocorra, é preciso estabelecer uma conexão de alma que só é possível com atitudes de humildade, gentileza e compaixão. A história nos revela que as grandes transformações da humanidade foram feitas por homens que usaram como armas a Comunicação não violenta: Jesus Cristo, o Buda e mais recentemente Ghandi, Luther King e Dalai Lama.

Faça algo pela paz. Pesquise na internet, leia, aprenda e pratique a CNV no seu meio. Isso pode não mudar o mundo, mas a sua vida e os seus relacionamentos, certamente, vão mudar para melhor.

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Romildo Ribeiro de Almeida

Psicólogo

Romildo Ribeiro de Almeida é psicólogo clínico formado pela Universidade de Guarulhos, pós-graduado em Psicologia Analítica pela Universidade São Francisco, especializado em Hipnose Ericksoniana pelo Instituto Milton Erickson dos EUA. É instrutor de Mindfulness formado pela Unifesp e possui treinamento com professores do Oxford Mindfulness Centre do Reino Unido em Terapia Cognitivo Comportamental baseada em Mindfulness (MBCT). Escreve para jornais, revistas e sites sobre Psicologia e comportamento humano. Dá atendimento clínico de segunda a sábado em Guarulhos, SP, para jovens, adultos, crianças, adolescentes e casais nas abordagens: Cognitivo comportamental baseada em Mindfulness, e Hipnoterapia. Realiza cursos de Mindfulness de 8 semanas para Promoção de Saúde e Redução do Stress.