Enchentes, inundações, famílias desoladas em meio a destruição. Essa história se repete a cada ano, assim como a explicação das autoridades que também é sempre a mesma: choveu em um dia o que era para chover no mês inteiro, mas se acontece todos os anos, já não se pode dizer que foi um fenômeno inesperado. Ao contrário, daqui para a frente, isso será normal, pois o aquecimento global está dando sinais, embora muitos governantes negam. As mudanças climáticas estão provocando nas pessoas, a chamada Ecoansiedade, que é o sentimento depressivo ligado à crise ambiental.
As maiores vítimas das alterações climáticas são os mais pobres que vivem em áreas de risco como encostas de morros ou próximas a rios. Essas pessoas convivem com o medo constante de desmoronamento e enchentes. A Ecoansiedade está presente também nos jovens em relação ao futuro do planeta em termos ambientais. Uma pesquisa internacional feita com jovens entre 16 e 25 anos de dez países, incluindo o Brasil, mostrou que 48% dos jovens brasileiros declararam não quererem ter filhos por causa das mudanças climáticas. Em outros países a média é de 39%, revelando que esse fenômeno já é constatado em escala global.
A falta de confiança nos governantes em estabelecer políticas que salvem o planeta, também foi um fator detectado na pesquisa. De fato, a hesitação dos jovens faz sentido: como deixar descendentes num planeta cujas perspectivas ambientais futuras são tão sombrias? Como gerar um filho e colocá-lo para sofrer a escassez de recursos essenciais para a vida? Essa perspectiva é preocupante pois causaria um desequilíbrio na proporção entre jovens e idosos com impactos negativos na economia. A esperança se volta para a COP 30 que será realizada em novembro em Belém no estado do Pará.
O planeta precisa de ações concretas como redução na emissão de gases poluentes, financiamento para iniciativas sustentáveis de proteção ao meio ambiente e justiça climática para garantir que populações mais pobres que menos contribuíram para o problema, não sejam as mais afetadas pelos efeitos. Longe das discussões ideológicas, existem direitos que são universais e inegociáveis. O ar limpo e a água potável, por exemplo, não podem ser bens exclusivos de alguns, mas um direito de todos. Existe um ditado que diz que Deus perdoa sempre, o homem perdoa de vez em quando, mas a natureza não perdoa nunca. Cada árvore cortada, cada rio poluído é um pecado ecológico que se volta contra a própria humanidade.
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