A importância do Autocuidado

Existe alguma relação entre estresse e resultado prático dos nossos objetivos? Jesus percebeu essa relação e por isso orientou os seus apóstolos para buscarem algum lugar retirado para descansar um pouco.

Foi uma decisão inteligente, pois é fato que quando estamos empenhados em uma tarefa que consome muita energia e não percebemos as nossas necessidades básicas, o nosso trabalho perde a qualidade além de acarretar problemas de saúde. Nosso organismo tem limites que precisam ser respeitados.

O corpo precisa de repouso para descansar e a nossa mente precisa se recuperar do estresse diário. A atenção às necessidades do corpo e da mente se chama autocuidado e quem desenvolve essa habilidade costuma ter uma saúde melhor, além de alcançar melhores resultados nos seus objetivos.

A mente opera em dois modos distintos: um é o modo “fazer” e a outra é o modo “ser”. No modo fazer, agimos de maneira impulsiva, realizando tarefas de forma automática sem estar presente verdadeiramente. É um modo que economiza tempo, mas acarreta estresse. Quantas pessoas reclamam que não encontram mais prazer nas suas atividades? Certamente, estão sobrecarregadas e trabalham no piloto automático como se fossem robôs.

Por outro lado, o modo “ser”, é aquela modalidade em que trabalhamos de maneira focada e com atenção plena. Nela, estamos conscientes do que estamos fazendo e percebemos as nossas necessidades. Esse é o momento de dar uma parada a fim de se recompor. De nada adianta fazer um monte de coisas ao mesmo tempo e depois reclamar que não tem tempo pra nada. Temos que aprender a parar de vez em quando e fazer uma autorreflexão na quietude do silêncio, longe de tudo e de todos para permitir que as coisas se renovem.

O conselho dado por Jesus é um alerta para não cairmos na ditadura da produtividade que prioriza os resultados acima de tudo, nos transformando em máquinas. Não importa qual seja a atividade que vamos realizar: comer, trabalhar, estudar, conversar ou rezar. É preciso estar presente com gentileza, atenção e caridade. Afinal a vida que realmente importa e que vale a pena ser vivida, é aquela em que estamos plenamente conscientes e livres. Sem dúvida, Deus ali está.

Romildo R.Almeida
Psicólogo clínico

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